A CRIAÇÃO DO MUNDO (9º Versão)
Noite retina alta em dedos
circulares de pele em pele como um abutre
vermelho, íris que desde sempre abriu
a infância certeira aos olhos dos linces
dedos cativeiros centopeias de cegos
invisíveis dedos sem peso sem pensar
sem um gesto
de cadências feridas expostas ao segredo
cegueira a meia voz com as veias
de tudo quanto se agita neste sol
de ser abismo
apesar do círculo de morrer vivo;
infância litúrgica de estar fechada
entre corpos celestes entre dedos
--uma criança de olhos de lince tão leve
um quase nada em voz alta com as estrelas
circulares de pele em pele como um abutre
vermelho, íris que desde sempre abriu
a infância certeira aos olhos dos linces
dedos cativeiros centopeias de cegos
invisíveis dedos sem peso sem pensar
sem um gesto
de cadências feridas expostas ao segredo
cegueira a meia voz com as veias
de tudo quanto se agita neste sol
de ser abismo
apesar do círculo de morrer vivo;
infância litúrgica de estar fechada
entre corpos celestes entre dedos
--uma criança de olhos de lince tão leve
um quase nada em voz alta com as estrelas
3 Comentários:
Obrigado, Rain-maker.
Escreves muito bem, sérgio. este poema tem musicalidade e uma incrivel força visual. Adorei. beijo*
«cegueira a meia voz com as veias
de tudo quanto se agita neste sol
de ser abismo » - algo se agita dentro de mim quando encontro coisas belas.
Obrigado, Karin, pelos teus imerecidos elogios:)outro para ti!
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial