sexta-feira, junho 24, 2005

UM BICHO EM ÁGUAS ATLÂNTICAS (15º versão)

Abriu tão subtis uns olhos
à Tarkovsky
pois não sabia que as ilhas são
charcos
furacões conchas correntes cânticos
escritos de nós em turbilhão
o seu silêncio
pôs-se então a caminhar entre
os mortos
salpicou-se de lama materna
até calar naquele corpo
velador de terra
viagens detritos crateras
um bicho em águas atlânticas

De tanto viajar
tal queda nupcial entre os abismos
bastou para que as ilhas abrissem
os olhos do mar
sábio de muito sono

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