O ESPELHO SEGUNDO JASÃO (6º versão)
Rasgas uma língua coroada de fogo, mas em segredo. Talvez sejas um calor ferido em espelho largo. Ao virar da esquina outros navegam incêndios. O dia caiu. Em todo o caso, que rosto dói na minha lápide? Que lume pesado viaja pelos meus olhos?
Estou só em espelho. Do outro lado do muro há corpos cansados, calados— um corpo abrigado nos meus olhos. O teu corpo em dança líquida, rio branco acima, em círculo fechado. Não muito longe daqui há navegações, viagens veladas de viajantes loucos em espelhos ao romper do dia. Não muito longe daqui há corpos muito brancos feitos de espelhos largos rastos fugas desertos muito rápidos muito quietos.
Estou só em espelho. Do outro lado do muro há corpos cansados, calados— um corpo abrigado nos meus olhos. O teu corpo em dança líquida, rio branco acima, em círculo fechado. Não muito longe daqui há navegações, viagens veladas de viajantes loucos em espelhos ao romper do dia. Não muito longe daqui há corpos muito brancos feitos de espelhos largos rastos fugas desertos muito rápidos muito quietos.
4 Comentários:
Este é o poema de fogo dos argonautas e velejadores do ópio da vida! Um abraço grande Sérgio!
Obrigado, Pedro!:)
Simplesmente soberbo, cada vez que cá apareço, mais estarrecido fico com os seus textos. Um abraço
Quanto exagero, Duarte!:) Estes textos não passam de simples experiências, aventuras interiores de que nem eu próprio tenho consciência plena, disparos quase ao acaso, sentidos que me escapam, mistérios. De qualquer das formas, muito obrigado pelas suas palavras:)
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