UM TRIUNFO CÚMPLICE DE BICHOS (3º versão)
Levanto os remos quando, à borda de água, me acordas. Cercados corremos sempre. Abrasadas línguas à boca da noite, corpos dispersos, um triunfo cúmplice de bichos. Em riachos súbitos remamos e remamos sem voz. A sono solto as correntes agitam alturas menstruações casas trevas lamaçais. Só assim abriremos dilúvios em vulcões, (afogadas manhãs de não sermos nada) , e apagaremos o dia ainda não erguido das mãos.
2 Comentários:
Penso que este poema é o que mais gosto; a passagem "Abrasadas línguas à boca da noite" é especialmente feliz!
Thanks, Peter!:)
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