terça-feira, setembro 20, 2005

DAVID HARING


KEITH HARING

Title: Untitled (For James Ensor) 1
Date: 1989
Medium: Acrylic on Canvas, 2 panels
Size: 36 x 72 inches
http://www.haring.com

ELEGIA (5ºversão)

Uma porta no fim
do teu corpo está aberta
um quase nada sobre
a terra no alto
do teu rosto de morta
onde medita o teu mar sem limites
cobrindo naufragando germinando
árvores incubando fábulas
abrindo dobras no teu sombrio ninguém?
o teu abismo de acasos é quase tão
alegre como um anjo de fogo
como uma porta no escuro de
olhos bem abertos
morrendo alturas ardendo lembranças
chovendo entranhas
quando me dás as boas-noites
mãe de sombra?

quinta-feira, setembro 15, 2005

UM BLOGUE OBRIGATÓRIO SOBRE CINEMA

Um dos meus blogues favoritos é o CINECULTURA (http://cinekultura.blogspot.com). A autora não é "apenas" uma estudiosa do Cinema, mas alguém que fascina quem a lê precisamente porque vive fascinada com o que vê e escreve. Um blogue obrigatório para quem gosta de cinema.

domingo, setembro 04, 2005

SUGESTÕES

ACEITAM-SE (ESCUTAM-SE...) SUGESTÕES (CONSTRUTIVAS) QUANTO A EVENTUAIS ALTERAÇÕES A IMPLEMENTAR NOS TEXTOS. O AUTOR DESTE BLOG ACREDITA PIAMENTE QUE UM TEXTO ESTÁ SEMPRE INACABADO E, POR CONSEGUINTE, PODE SER SEMPRE MELHORADO. JÁ NA ANTIGA GRÉCIA OS RETÓRICOS FALAVAM DE QUATRO OPERAÇÕES BÁSICAS: SUBSTITUIÇÃO DE PALAVRAS, CORTES, ACRESCENTAMENTOS E REESCRITA TOTAL DE UMA FRASE/VERSO OU ATÉ MESMO DE TODO O TEXTO. DIGA DE SUA JUSTIÇA. OBRIGADO PELA COLABORAÇÃO.

quinta-feira, setembro 01, 2005

http://oimprevisto.blospot.com

Robert Mapplethorpe

http://www.guggenheim.org/exhibitions/mapplethorpe/

OS SÓSIAS (8º Versão)

Cruel agonizo no ballet
dos sósias de cristais em fios-de-prumo
vida reclusa imersa em presságios imensa de mansos
símbolos vou recolhendo os seus sinais
larga lunar silenciosa e gémea material
vou na minha casa colossal aquática
ballet atlântico e cruel como uma cicatriz criminosa
vou balanceando na sua mímica de inabitada
opressivamente diluído em anseios
insondáveis bustos de mim
desprendem-se do meu olhar de cristal mil décadas
mortas à porta de inúmeras fronteiras
vou degolando como um réptil o deserto
à margem do sol nupcial o meu olhar
nocturno alheio aos seus espelhos marinhos
aos seus perpétuos corpos em viagem